Desde sua primeira edição em alemão, intitulada Ein Psychologe erlebt das Konzentrationslager, publicada em Viena em 1946, até as múltiplas reedições em todo o mundo, Em Busca de Sentido se firmou como um clássico da psicologia existencial. A obra chegou ao público brasileiro em 1991 pela Editora Vozes, em sua 60ª edição, editada em capa dura e com mais de 234 g, mantendo intacto seu conteúdo essencial desde então (Wikipedia, Mercado Livre).
A experiência nos campos de concentração
Na primeira parte do livro, Frankl descreve o choque inicial dos prisioneiros ao adentrarem campos como Auschwitz e Dachau, o desenvolvimento de uma apatia quase bestial e, por fim, a depersonalização e desumanização que marcavam aqueles que sobreviviam a cada etapa (Wikipedia). Em relatos vívidos, ele mostra como pequenas atitudes de solidariedade e o cultivo de imagens mentais de entes queridos podiam ser a tábua de salvação para quem enfrentava frio, fome e violência constante.
Fundamentos da Logoterapia
Na segunda parte, o autor introduz sua “terceira escola vienense de psicoterapia”, a logoterapia, baseada na premissa de que a principal motivação humana é a busca de um sentido para a vida. Frankl apresenta três vias para encontrá-lo: a realização de tarefas criativas, a vivência de experiências significativas e a atitude adotada diante do sofrimento inevitável (Wikipedia). Essa abordagem inovadora distingue-se do hedonismo freudiano e da vontade de poder adleriana, ao enfatizar a liberdade interior, mesmo sob condições extremas.
Impacto global e legado
Até o falecimento de Frankl, em 1997, o livro havia vendido mais de 10 milhões de cópias e sido traduzido para 24 idiomas; hoje, estima-se em cerca de 16 milhões de exemplares e 52 línguas diferentes (Wikipedia). No Brasil, já ultrapassa meio milhão de unidades vendidas, reforçando sua recepção calorosa entre leitores de todas as idades (Editora Sinodal). Além disso, entrou para listas como uma das dez obras mais influentes segundo o Book-of-the-Month Club e a Library of Congress.
Reflexão e esperança
Ao concluir seu relato, Frankl convida o leitor a reconhecer que, mesmo quando não podemos mudar as circunstâncias externas, sempre temos a liberdade de escolher nossa atitude interna. Essa poderosa mensagem de responsabilidade pessoal e resiliência tem atravessado gerações, servindo de guia para quem enfrenta desde crises existenciais cotidianas até adversidades extremas.
Sobre o autor
Viktor Emil Frankl (1905–1997) foi neurologista e psiquiatra austríaco, graduado pela Universidade de Viena. Sobrevivente dos campos nazistas, dedicou sua vida à criação e difusão da logoterapia, lecionando em universidades de diversos países e publicando mais de 30 obras. Reconhecido internacionalmente, suas ideias influenciaram tanto a psicologia clínica quanto movimentos de desenvolvimento pessoal.
